Paralisado frente a um e-mail enviado 16/01/09 por Z.
"ninguém o pode aconselhar ou ajudar, - ninguém. Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? (...) se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade".
Rilke, Rainer Maria
Paralisia ao confirmar que "dê um jeito de calar os mortos", de Ana, é para mim uma ordem e uma exclusão:
Animal, tremo frente a imposição moral de calar meus instintos enquanto ela, ausente, inexistente
por opção
morta, grita o pretérito tão constante quanto a inexistência do tempo
em minha alma
(única capaz de realmente tocá-la que é)
como se passeasse
dançando suavemente
sobre meu gelo
com suas
amoladas
lâminas.
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